· Faixa etária: a partir de 4 anos.
· Tema: As propriedades do som e as histórias infantis da cultura popular.
· Objetivos: Perceber e discriminar as alturas do som (grave, médio e agudo). Representar os sons corporalmente e graficamente. Criar novas possibilidades sonoras e organizar os sons a partir de histórias.
· Conteúdo: Propriedades do som – altura. Folclore brasileiro.
· Materiais: flauta de êmbolo, teclado ou piano, flauta doce, xilofones, folhas de papel (sulfite ou cartolina), canetas coloridas ou giz de cera.
· Seqüência didática e possíveis intervenções:
1) Canção de boas vindas - cantar o nome de cada aluno.
2) Parlenda: Hoje é domingo – andar marcando a pulsação e no final da parlenda, tocar sons do agudo ao grave e sentar no chão.
3) História sonorizada – contar sonorizando a história do urso:
Vamos passear?
Xiiii... tem uma árvore no meio do caminho.
Vamos subir? (tocar sons do grave para o agudo e sugerir aos alunos que
movimentem as mãos e os braços de baixo para cima, como se fossem
subir uma escada).
Vamos descer? (tocar sons do agudo para o grave e movimentar os braços
para baixo).
Vamos passear...
Tem um rio no meio do caminho. Vamos nadar? (sonorizar e pedir que as
crianças criem movimentos para os sons tocados).
Vamos passear...
Tem um matagal bem fechado. Vamos cortar?
Vamos passear...
Tem uma caverna bem escura. Vamos entrar?
Xiiii... É o urso! Vamos correr!
4) Jogo de percepção auditiva.
Perguntar o que aconteceu quando... (tocar o som para a criança identificar e relacionar o som com o momento da história em que o som foi apresentado).
5) Jogo de percepção da direção do som (do grave para o agudo ou do agudo para o grave) - morto e vivo com flauta de êmbolo.
6) Percepção do som com o corpo - desenhar o caminho do som com movimentos corporais aprendidos na história do urso.
7) Jogo de criação - improviso de movimentos a partir de estímulos sonoros (variar quanto à altura).
8) Ditado melódico - desenhar o caminho do som no papel de acordo com a altura emitida por várias fontes melódicas (flauta, piano, xilofones).
9) Leitura melódica - leitura do ditado anterior.
10) Composição: desenhar, sonorizar e representar sua própria história.
11) Encerramento: canção de despedida ou apresentação das histórias criadas pelos alunos.
- Avaliação: Observar se a criança é capaz de perceber e discriminar os sons emitidos e ainda como os relaciona com os movimentos. A percepção das alturas sonoras, por ser relativa, varia de pessoa para pessoa, fazendo com que, para algumas pessoas, o grave pareça mais agudo ou vice-versa. Portanto, observar a partir de que referencial a criança percebe a variação de altura dos sons. Partindo de uma dada altura, observar se a criança consegue perceber e discriminar a altura e a direção sonora. Se mais grave ou mais aguda em relação ao referencial dado. Analisar o registro gráfico da criança a partir dos sons propostos, tendo em vista a percepção e discriminação das alturas sonoras, procurando observar o quanto cada criança conseguiu fazer a relação entre os movimentos (para cima e para baixo) com a escrita proposta pelas atividades. Observar a fluência na leitura dos registros gráficos. Registrar o processo de criação de cada aluno (como cada aluno percebe e organiza os sons), isto é, como exercita a composição.
Terminada a aula, é importante que o professor faça o registro de tudo o que aconteceu na aula, para que possa comparar com o plano de aula, e fazer os ajustes necessários nos planos de aulas seguintes.
(Artigo publicado na Revista Cenário Musical n. 4 - Editora HMP)